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Requienm

15 mai 2005

É noite quando fecho os olhosEstou me

É noite quando fecho os olhos
Estou me caminhando
Trilhando-me em direção à uma gênese imaginária

Mas ainda não sou pó
Sou barro
Sou fardo
Às vezes

Camadas de silêncio
Subsolos de introspecção
E buscas
e buscas
e buscas

O homem se perdeu
em algum lugar que ninguém quer encontrar

Estava procurando
mas parei
parei
parei Meu Deus
parei
porque perdi a ânsia
porque desisti da infância
desses meus versos de confessar

Queria o movimento puro do abandono
mas corro olhando para o espelho

[dO.Ob] Belle & Sebastian - Night Walk

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23 avril 2005

.::Inexplicável::.

Acho que encontrei em mim uma daquelas melancolias adormecidas. O bom de escrever em um blog francês é essa certeza do anonimato. Da perda semitotal. Não sou francês. Melhor assim. Dizem que eles não tomam banho.Mas o que eu disse mesmo? Ah, sim! Acho que a encontrei. Estava ali, meio que escondida. Como uma voz que se esconde sob uma coberta. Estava ali. Estou resgatando-a enquanto escrevo. Nem sei porquê, mas não preciso saber. Saber estraga tudo. Coisifica. Filosofo do fundo da minha experiencite. Só isso.

Queria escrever, mas não sei o que é. Estou indeterminado e nem ao menos estou numa gramática. Nu dicionário, num dicionário eu estou. Mas hoje todos sabem falar. Ninguém consulta essas coisas... Saudade de alguma coisa, de qualquer coisa talvez. Seria aquela proximidade do fim de um ciclo? É...Amanhã...amanhã...saudade, mas do quê eu não sei.


22 avril 2005

.::Ciclo::.

É sempre assim. É sempre um ciclo. Sempre uma morte. Sempre uma sobrevida. Sobrevem. Intensifica. Se perde. Se esvai. Irrita como próclises em início de frases. Depois volta reclamando. E eu...eu sempre volto. Dias, semnas, meses sem escrever nada e, em um desses lapsos entre a inércia e o vazio, ponho-me a digitar sem parar levado por uma música que já nem importa tanto assim.

Ainda não será desta vez que virá algum fardo de poesia. Não dessa vez. Estou assim, vitimado de mil felicidades. Vestido de alguns cansaços que são apenas uma camisa ao contrário. Só isso. Retorno. Vejamos por quanto tempo.

4 décembre 2004

.::Distância::.


Ela escreve como se fosse a última vez. A última distância. Os hemisférios se tornaram outros. Não há luz aqui. Só gelo, neve e uma lembrança. Não quero que seja o meu espelho. Nãoq uero que seja a minha ida ainda estando. Mas ela escreve como se fosse a última vez. E tudo se torna um simulacro, uma torpe dicotomia do eu partindo.
23 novembre 2004

.::Hallo::.


Ja, das bin ich! Renovado, eu diria. Renovado. Tempos não faço meus exercícios poéticos com seriedade, mas não estou sério para tanto. São dias de encontros e despedidas. Um grande amice se vai, uma namorada é descoberta dentro dos próprios olhos. É...Nada mais a não ser reticências. Estou feliz, embora incomodado pelo fluxo inalterável de cobranças acadêmicas.

Ist Alles. Tschüs!!!
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14 novembre 2004

.:: Incompreensível::.


...

Não há espaço

As reticências tomaram-me

....

Estou lasso
De ser humano
1 novembre 2004

.::29::.


É preciso comemorar, por mais que eu me sinta estranho. É preciso comemorar porque, no fim, eu encontro meu rosto sorrindo sobre a cama. Comemorar pois estamos dormindo e tudo parece inofensível assim. Comemorar porque eu a amo e porque ainda quero comemorar tantas vezes. 3 anos e meio, algumas certezas, uma dúvida nova e mais 3 anos e meio pela frente. É preciso comemorar. O instante passa rápido. A vida é feita de instantes. Um pouco de dialética aqui e ali e a vida passa rápido.
23 octobre 2004

Apenas sepultando num desabafo desses que se faz




Apenas sepultando num desabafo desses que se faz na certeza daquilo que já foi e não volta. Não é estranho ter medo? Não, não é. Se tem medo disso, daquilo e isso não te torna menos capaz. Eu tenho medo e continuo. Continuo porque o medo rejeita, mas eu não quero rejeitar. Quero aceitar. Quero seguir, quero ser, quero ver o que vai além do medo. Se eu fosse racional, nunca amaria ninguém porque ninguém neste vasto lugar consegue amar sem se machucar, sem um arranhão ao menos e nenhum ser humano quer se magoar, não é? É, é sim. Amar não deixa de ser um ato meio estúpido. Vc ama porque ama, por achar que ama, por suspeitar que ama; mas um amor só é grande até que venha outro, e outro e outro. Não, não é pessimismo. É um modo sincero de ver o que realmente é.

Existem alguns meios de conviver com o medo. Vc o afasta ou o enfrenta. Resolvi afastar. É uma estratégia interessante. Assim, vive-se sem medo e sem suposições, acusações ou o que quer que tenha sido. De certo modo, nem quero mais. Quero uma vidinha pacífica e sem a hipótese da pressão. Adaptabilidade. É a fórmula para viver bem. Desista aqui, aceite ali, resista mais a frente. Em função do outro se faz muitas coisas. Admiráveis até, nunca antes imaginadas ainda. Estou por aqui. É o que importa. Escrever fragmentos de idéias impúblicáveis, ver no espelho gestos de sentimentos inexpressáveis. Seguir para onde quer que isso te leve. Não se pode ser feliz, mas se pode perseguir o sorriso. É suficiente. O ideal é um conceito. Gestos cotidianos é que emolduram o que é táctil, palpável, possível. Eu não quero mais machucar ninguém. Mesmo as espadas perdem o fio com o tempo. Perdi o meu. Melhor. Sou agora uma ameaça cega e sem utilidade numa bainha. É como bater numa porta e sentar esperando um ruído de movimento de maçaneta. É como uma série de metáforas, conceitos, analogias que se perdem inconfessas. Não há necessidade em confessar. No máximo uma sensação de perda que tenta ser suplantada por um acúmulo de cinese sobre o teclado. Uma desesperança boba atravessada nas palavras. Não resta e, de certo modo, é confortante não restar.

Agora é construir algo. Qualquer coisa. Ser exceto ser. Não é mesmo para parecer racional. Se o fosse, porque eu estaria aqui? Se fosse para ser racional, não haveria o teor da suposição. O teor das coisas, das imagens, dos gestos, o teor da vida que se faz vida por não haver maiores opções. Tudo isso. Toda essa chantagem existencial que é viver vai se esvair uma hora ou outra num afago silencioso ou brutal. Não importa. Resta a imagem. E se ela não se for, pode-se olhar pela janela às vezes. Encenar que a vida está lá fora. Nos gestos comunicáveis, nas certezas dos homens, nas tardes de olá-como-vai. Eu peco por não estar lá fora, mas, quem sabe, eu abra a porta e, finalmente, não me deixe entrar. Quem sabe eu me aparte, quem sabe. Isolando o que somos vivemos melhor. Assim nos tornamos parte de uma coletividade. O individual nas gavetas. O outro sendo vestido, portado, exposto. Como numa caixinha de música. Não, a bailarina não dança. Apenas é levada num espaço controlado. Não há dança e a melodia é um embuste para o sacrifício da alma. Não, as bailarinas de caixas de música não possuem alma. Às vezes, nem eu gostaria de possuir uma.

As almas, sempre tão incomunicáveis. As almas, sempre fragmentos de certeza.As almas, sempre elas.

[dO.Ob] Dead Poetics -  Bliss Tearing Eyes
"Cause my heart is filled with loneliness.
And this world is filled with loneliness."

22 octobre 2004

.::A Arte de Amar::.


Bandeira sempre soube o que escrever. Não diria que ele escreve para mim, mas diria que sou mais um dos que nada diz diante de suas verdades irrefutáveis.

Arte de Amar

Se queres sentir a felicidade de amar,
esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
 Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.

Deixe o teu corpo entender-se com outro corpo,
porque os corpos se entendem, mas as almas não.

3 octobre 2004

.::Desejo::.


Não existe sensação mais forte. Estado de espírito mais instintivo, mais objetivo e cego do que esse. Não, não existe. Não existe força seletiva maior. Algo que te apaga para os outros seres. Que te furta a luz, o tato, o calor do corpo. Não não existe nada que justifique tudo isso. Os sentimentos idealizados, aquilo que vem conceituado na mente, não podem delimitar esse campo de sensações. Não, não posso dizer como é; posso apenas sentir o que é. Isso me basta. Me basta, me exausta, mas perdura, sensações à fio.

Não sei bem o que escrever. Já estou aqui e ainda está aqui. Como uma impressão, como pegadas, rastros de toque, rastros de corpo. Não sei. Não sei o que dizer e porque dizer. Apenas sei que hoje parei para escrever, mas não consigo escrever quando penso em você.
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